Aproximações
O projeto prevê que a partir do encontro entre as mulheres do grupo, de reflexões sobre a própria experiência em torno do ver-se e ser vista (em espaços públicos e privados) e do desejo de ocupar o território sejam criadas imagens e intervenções e, quiçá, estas ocupem as ruas da Bacia do Mercado.
“Aproximações” é um projeto que nasce do desejo de ser e estar, atuar com mulheres na Bacia do Mercado, mesmo durante a pandemia. Em isolamento, repensando as noções de território, afirmo o lugar da experiência feminina de olhar-nos (a nós mesmas e umas às outras), e me proponho a criar representações a partir de encontros, conversas-retratos com as mulheres artistas. Por meio de vídeo-chamadas, conversamos sobre ser retratada/observada e retratar-se/observar-se, em uma recuperação de questões relacionadas com o espelho.
Falamos sobre nossa experiência de olhar e ser vistas, considerando agora também os novos processos de comunicação com a maior recorrência de encontros virtuais. Desenhos e narrativas se tornam pinturas para lamber o território. Retratos e pequenas frases são representadas em papel e coladas como lambe-lambe na Bacia do Mercado.
O diálogo com o território, com as mulheres que pertencem e atuam diretamente sobre ele, se dá por meio das imagens que ocupam as ruas. Durante a colagem dos lambes, estabelece-se uma relação direta com as mulheres moradoras e passantes, ampliando e reverberando o diálogo, possibilitando o encontro. A permanência (ainda que efêmera) do lambe permitirá outras relações, indiretas, afetos que ainda investigo como mensurar.
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